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João Cruzué
Está semana está cheia de notícias ruins. Tediosas. Irritantes. O Presidente Lula está se tratando de um câncer, provavelmente causado pelo fumo. Carlos Luppi está falando pelos cotovelos. Alguns alunos da USP foram presos defendo o direito de fumar maconha sem serem importunados pela polícia. A Presidente Dilma vai precisar dos dedos das duas mãos, para contar os ministros que foram demitidos por algum problema ligado à corrupção. A polícia do Rio vai empurrar os traficantes da Rocinha para algum outro lugar. Em Guarulhos, mais um caixa eletrônico do Bradesco foi pelos ares. Lá fora, o Irã está construindo uma bomba atômica e teme um ataque aéreo de Israel. Sílvio Berlusconi vai se demitir do cargo de primeiro ministro da Itália. A Grécia pode quebrar a Europa inteira com sua dívida e fazer uma marola que pode dar volta ao mundo.
Uma semana inteira ouvindo e ouvindo esta ladainha, cansa. Mas eu não vou fazer nenhum comentário adicional, em cima desses assuntos comuns, se há uma coisa mais útil para escrever olhando para você.
Há pessoas que não conseguem dormir porque estão cheias de culpas e dúvidas. E para elas o que se passa lá fora é de pouca importância diante da situação que estão passando agora. Então quero escrever este texto para elas.
AS IMPOSSIBILIDADES
Em Lucas 1:37 está escrito: Deus não há nada impossível. Então eu vou falar de Pedro. Seu nome de "batismo" era Simão; tradução: Taquara. Jesus, em determinado momento, trocou seu nome, de Simão para Cefas, tradução: Rocha. Mas a mudança de taquara para rocha não aconteceu da noite para o dia.
Pedro tinha liderança. Era impetuoso. Agressivo. Autoconfiante. Mas ainda vazio. Continuava uma taquara.
Quando Cristo falou da sua morte, Pedro garantiu que será o único a não deixá-lo. Mas quando o Galo cantou, Pedro já tinha negado o Senhor três vezes. Chateado, humilhado, derrotado, a velha natureza de Pedro nunca esteve tão perto de uma radical mudança. Falta ainda descer mais um degrau, para então subir de vez e se transformar.
Cristo já morrera. E para Pedro o sonho tinha acabado. Mas ele estava enganado. Estava apenas começando.
Então, Pedro decidiu voltar a velha vida de pescador. Depois de três anos, subiu no barco, chamou seus antigos companheiros para voltar ao batente - a dura vida de pescador. E passaram uma noite inteira arrastando as redes no Lago da Galileia. E nada apanharam.
UMA SEGUNDA CHANCE
Até que uma pessoa disse lá da praia: Lance a rede do lado direito do barco. E pela segunda vez na vida do pescador, o milagre aconteceu. A rede quase estourou de tantos peixes.
Só podia ser mão do Senhor. E era.
Era Jesus pronto para fazer da taquara uma rocha, de uma vez por todas.
Pedro, tu me amas? Sim, Senhor, eu amo.
--Então vai fazer o que lhe mandei antes: Apascenta os meus cordeiros.
E pela segunda vez: Pedro, tu me amas? Sim, Senhor, eu te amo.
--Então volta para fazer o que te mandei: Apascenta as minhas ovelhas.
E pela terceira vez: Pedro, tu me amas mesmo? Sim, Senhor. Tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo.
--Então, de uma vez por todas, abandona estas redes. E vai, e apascenta as minhas ovelhas.
E Pedro foi. E seguiu fielmente as ordens do Senhor, porque teve certeza, de que fora perdoado.
RECEBENDO O PERDÃO
O interessante é que neste diálogo de Jesus e Pedro, o perdão não foi mencionado sequer uma vez. Mas ao ter intimado a Pedro para assumir seu compromisso com a Igreja, Jesus estava lhe dando muito mais que uma segunda oportunidade: O Perdão.
Receba também, neste momento, o Perdão do Senhor. E torna para o Senhor. E vai em paz fazer aquilo que abandonou pelo meio do caminho. Assim como Pedro.
Nota: não deixe de ler também: Como se reconciliar com Deus
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